O que é o "ESFEROVITE" ou "EPS" ?
O esferovite (ou EPS) é a espuma rígida de poliestireno, depois de expandido. É um produto leve, branco, robusto, que resiste ao envelhecimento, mais do que qualquer outro material moderno para isolamento térmico.
É um material já largamente conhecido, que se tornou indispensável devido às suas excelentes qualidades. Oferece uma relação privilegiada e exemplar entre o custo e o benefício.
Pela sua prolongada durabilidade e pelas qualidades de reciclagem exemplares, o esferovite possui uma importância crescente para a nossa consciência cívica, tanto sob o ponto de vista ambiental como económico.
A sua História:
Ao longo da História da Terra, sob compressões gigantescas, as matérias fósseis foram-se transformando em petróleo. Contudo, para a produção de todos os materiais plásticos, são necessários apenas 4% do petróleo que é presentemente extraído.
O poliestireno expandido ou esferovite, só desde 1951 foi progressivamente desenvolvido a partir do poliestireno, descoberto nos anos 30 deste século.
O granulado fino ou "areão" de poliestireno encerra gás pentano, fazendo-se a sua expansão com vapor de água dentro de moldes. É primeiro transformado em "pérolas" ou esferas estanques que contêm 98% de ar e cujos 2% de invólucro plástico de hidrocarbónio não tem quaisquer efeitos nocivos sobre a camada de ozono.
Poderá não ser ainda do conhecimento geral que o esferovite é integralmente reciclável.
Depois de esgotadas as oportunidades de reciclagem, o esferovite (EPS) pode então ser queimado, equivalendo a energia que irá libertar àquela que foi usada para o produzir. (Quando queimado em inceneradoras não deixa resíduo algum).
Será útil recordar que dos combustíveis minerais (óleos): 35% vão para o aquecimento, 29% para o tráfico, 22% para a indústria e electricidade e 7% para a indústria química, 4% dos quais para os plásticos.
Do Petróleo ao Esferovite
Transformação de uma pérola em produto.
É nas indústrias especializadas em esferovite (EPS) que o enobrecimento químico do óleo mineral se realiza para obter a matéria-prima: o estireno. Quando se lhe adiciona gás pentano e água, este gás transforma-se numa emulsão, a qual, por seu lado, se desagrega em grânulos (ou "areão") de poliestireno. Estes são finalmente lavados, secos, crivados e transportados até ao industrial transformador, que os adquire em recipientes estanques.
São três os passos para transformar o esferovite (EPS), a matéria-prima:
1º passo - A PRÉ-EXPANSÃO
A matéria-prima (ainda em grânulos ou "areão") é submetida a vapor de água para se expandir em pérolas, isto é, os pequenos grânulos de matéria-prima aumentam o seu volume inicial até 50 vezes, continuando desagregados.
Posteriormente, no mesmo pré-expansor e em pouco tempo, o esferovite pode ser expandido para a densidade aparente desejada por m3.
2º passo - A ESTABILIZAÇÃO INTERMÉDIA
A estabilização torna-se necessária por dois motivos:
- porque, após a pré-expansão, deve ser introduzido ar dentro dos grânulos,
enquanto arrefecem e enquanto neles se verifica uma tensão inferior à atmosférica;
- porque as partículas, ainda húmidas da pré-expansão devem secar.
3º passo - A MOLDAGEM FINAL
Atestam-se os moldes por completo com o esferovite em pérolas pré-expandidas e estabilizadas. Ao serem novamente submetidas ao vapor, as pérolas voltam a inchar e soldam-se umas às outras. O processo da expansão na câmara de vapor pode ser interrompido por arrefecimento, projectando um jacto de água contra as paredes do molde. Este reduz o excesso de pressão no interior do corpo formado, que poderá ser extraído sem perder a forma original.
Para fins de isolamento térmico e descofragem, o esferovite é expandido primeiro em grandes blocos os quais, após uma estabilização de vários dias, serão seccionados em placas ou blocões.
Para embalagens destinadas a proteger uma mercadoria contra vibrações, havendo necessidade de rigor nos contornos, as respectivas peças necessitam de moldes específicos, trabalhados com exactidão. A qualidade do produto final depende da excelência do molde, tão importante como o próprio processo de expansão.
Espuma rígida de Esferovite ou Poliestireno Expandido
A espuma rígida de esferovite (ou poliestireno expandido) é constituída em 98% por ar, encapsulado em 2% de células estanques de hidrocarboneto puro - o poliestireno.
Impermeabilidade à água / Permeabilidade ao ar e ao vapor de água:
O esferovite demonstra ter uma boa impermeabilidade à água e uma boa permeabilidade ao vapor de água.
Resistência à compressão de massas volúmicas diversas:
Quando submetido a compressão ligeira, o esferovite é rígido e cede muito pouco, o que facilita o seu empilhamento e o torna ideal para na embalagem de objectos pesados.
No caso de impactos importantes, o esferovite resiste e protege os objectos frágeis (vidro, porcelana, aparelhos de medição, etc.). O esferovite permite que a embalagem se adapte, eficazmente, às mais exigentes situações.
Vantagens exclusivas do esferovite:
São vantagens exclusivas do material esferovite, no campo do isolamento e da embalagem:
- a estrutura microcelular, com células estanques e ausência de absorção capilar;
- a levíssima massa volúmica;
- o volume mínimo, com resistência máxima à flexão e à compressão;
- a quase total ausência de absorção de água;
- o alto poder isolante do frio e do calor;
- a absoluta inócuidade para produtos alimentares.
Reacção ao fogo:
Na maior parte dos países Europeus, a escolha recai obrigatoriamente sobre o esferovite ignifugado, Classe M1 (não-inflamável, segundo E 365-1990 LNEC) para ser aplicado nas mais variadas situações da Construção Civil, uma vez que cumpre todos os regulamentos internacionais dos Bombeiros (DIN 4103; M1).
Muitos clientes não aguardam a introdução da respectiva obrigatoriedade em Portugal e preferem o esferovite M1, que é o único que a empresa Representações Esferovite S.A. transforma e comercializa.
Isolar com AR
O volume das construções necessárias para a população crescente aumenta incessantemente. Entretanto, dentro de sua casa, ninguém aceita renunciar a uma temperatura confortável. Por outro lado, para a sustentabilidade do ambiente, cabe-nos a todos poupar as já escassas energias fósseis.
Duas exigências tão diametralmente opostas, conseguem ser satisfeitas apenas pelo esferovite como material de isolamento, que faculta uma considerável economia tanto de materiais como de energia. Isto é reconhecido, desde há muito, tanto por especialistas energéticos, arquitectos, mestres da construção civil, como pelos técnicos de isolamento térmico.
Pelas soluções duradouras que proporciona, pela poupança de materiais e energia, o emprego do esferovite contribui decisivamente para a manutenção da sustentabilidade do ambiente.
Quem isola com esferovite M1, obtém:
* uma importante redução de custos na construção e na exploração do
edifício;
* protecção contra as variações térmicas de todo o edifício;
* um considerável acréscimo de conforto térmico;
* efeitos benéficos quanto ao isolamento sonoro;
* economia na queima de recursos fósseis;
Se isolar pelo exterior:
* consegue fiscalizar a aplicação correcta do isolamento;
* amplia o espaço coberto, por dispensar paredes duplas;
* elimina pontes térmicas
* não sofre condensações no interior das paredes envolventes;
* dispensa ter que desocupar edifícios durante a reabilitação;
Na filosofia da empresa Rep. Esferovite, S. A.. o respectivo impacto ambiental é primordial, pelo que deu preferência progressiva ao esferovite:
- por ser integralmente reciclável,
- por estar isento de CFCs e HCFCs,
- por não causar chuvas ácidas,
- por ter uma vida útil calculada (pela Associação IHV alemã) em 50 anos (e comprovada pelo LNEC como satisfatória, depois de 29 anos de aplicação).
( O Laboratório Nacional de Engenharia Civil publicou em 1996 o seu "Estudo sobre a Durabilidade de Placas de EPS usadas no Isolamento Térmico de Edifícios" NT 23/96 e 24/96 - NCCT, aplicadas em obras a partir de 1969).